quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Não encontro a minha cidade encantada porque não tenho rumo, não me acho. Amo as cidades dos meus amores, por onde se passeiam e respiram, por serem suas. Nelas, sinto-os, busco-os a cada passo, em todos os recantos. Imagino os seus sonhos, as suas alegrias, as lágrimas. Velo os seus sonos. Nenhuma é minha por não ser de nenhum. Sinto-os em mim e não me sinto em ninguém. Não há quem me abrace por inteiro, me alcance a alma. Sou fugaz. Um fruto de casca rija. Impenetrável, contudo, sem eles não valho nada, não vivo.

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