"Dizia que uma flor bastava e sorria. E nós íamos pelo campo, inocentes, à procura de uma para lhe darmos. Quando encontrávamos a que nos parecia mais bonita e viçosa, vínhamos a correr pela frescura, gritando de alegria pelo nosso ato, a ver quem chegava primeiro para lhe entregar o troféu que ela merecia. Púnhamo-nos aos saltos à volta dos seus olhos, para que reparasse bem nas nossas flores, e não descansávamos enquanto ela não as aceitava, desfazendo-se em sorrisos e agradecimentos. Depois, voltávamos aos pulos para a brincadeira e já não reparávamos na lágrima fina que lhe rolava pela face enquanto ia ajeitando num vaso as nossas flores apressadas como se fossem feitas do mais puro cristal."
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