"És como o crepúsculo quando o teu corpo se estende sobre o meu
Coincidente até à medula dos ossos e à noite que se desnuda incólume
Tangente ao infinito das coisas que se misturam com o meu grito
Quando me tocas divagando como se não me conhecesses nem à volúpia que escondo
Atravesso oceanos por cima de ti em ventos alísios e em preces roucas
Rumorejante como o vento nas asas de um falcão que transcende o momento
Rasante e despótico do meu desejo quando me beijas com os teus lábios exangues
Sempre que me rendo ao sabor dos teus dedos dentro da minha boca
És como uma sirene em constante sobressalto e euforia nas horas breves
Insistente e sedutor como a música que extrais dos meus seios trémulos
Encostados ao teu sexo que se contrai em impulsos de marés loucas
Dentro e fora de mim como se eu fosse o odre puro onde te encontras e eu me encontro. "
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Two nudes and a cat Pablo Picasso |
Isabel Vieira
30/12/2009
Isabel é uma poetisa portuguesa que escreve com a tinta do sentimento, alimentado pelo sangue das emoções. Já é figura de meu blog, com muito prazer.
ResponderEliminarSe houvessem mais Isabeis a Natureza seria mais respeitada.
Subscrevo! Reforço, sublinho!
EliminarAi estes marotos!...................................
ResponderEliminarSua lagartixinha!.... seu Olho Vivo! Agora, deixam-me sem palavras!