terça-feira, 23 de outubro de 2012

Prendas que enchem o coração

Harmony…

É nos penhascos da minha incredibilidade que devolvo à vida as palavras
Que não sei ouvir sem que me derrubem as alturas
Nas frestas abertas pela sombra da lua.

Saboreando as planícies e o véu das nuvens entre as árvores
Incrustada na crosta das rochas que me resguardam de qualquer tempestade
É aí que começo e não sei se acabo.

Se o amor nasce em profundidades oceânicas que não conheço
E se é lá que se vertem os sentidos em movimentos lentos e acetinados.
Que sossegue a minha alma antes que soçobre pela quentura
Das águas claras em que me desnudo.

Isabel Vieira
26-07-2011

6 comentários:

  1. Não vou falar do que te deixo... Só estranho a tua ausência... E isso é uma coisa que dói. Por onde andas, lagartixa?

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    1. Estou cheia de saudades tuas. Sabes o que acabei de fazer? De ler um comentário teu no blogue do P. E estava justamente a escrever algo para lá colocar.
      Tenho estado cheia de trabalho. Quase nem respiro. O Lagartixinho cá de casa também é exigente em termos de tempo. Divido-me como posso e sobra pouco para tudo o resto.
      Ando sempre à cata de coisas tuas. Por isso fui alçar a perna lá nas bandas do minorca, uma mijinha rápida para matar saudades.

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  2. Quanto às tuas mijadas lá para os lados do minorca, deixa que te diga que são muito bem dadas. Gosto muito do que sai de ti!

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    1. Tu puxas por mim...O minorca dá o mote, tu agarras e eu colo-me às tuas palavras. Encanta-me ver como tudo te suscita tanto para dizer. Às vezes, fico ali parada a olhar para as frases que ele escreve, depois, tu chegas e é como se me desses um empurrão que me faz dar um passo em frente. Transpor a barreira que me deixa ali cravada à soleira da porta, incapaz de entrar.

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  3. Ora, sendo tão pequenina, passa por debaixo da porta, mermã...

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