sexta-feira, 11 de março de 2016

Não quero estes olhos, penetrantes, perscrutadores, em constante desassossego.
Quero outros. Quero-os míopes, opacificados. Quero-os ligeiros e frívolos.
Quero um outro olhar. Passivo, superficial. Quero-o magro, fugaz. Crente.
De que me servem estes olhos se me mostram o que só eu vejo? Para que os quero se me levam por escaladas impossíveis, me conduzem a caminhos sem retorno numa esmagadora solidão ?

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