Não, a seara não pode ter caído ainda!
Ainda não é tempo.
Ainda agora a vi crescer até nos becos, em “viço.”
Eu é que morri!
Morri em grão, cantada pelo vento.
E no pó que a chuva empurra dos telhados
Brame a minha alma se a tenho ainda.
Isabel Vieira
16-04-2012
Esta sou eu! Que eu sei!
ResponderEliminarObrigada, querida lagartixa! Sabes uma coisa? Estas flores parecem-se com as urzes. As urzes começam agora a aparecer pelos pinhais.
Gosto desta imagem que juntaste ao poema ou coisa parecida.
Isso não importa! O importante foi o outro pedaço de mim que tu encontraste. Tu não sabes, mas encontraste!
Beijos
Isabel
Este campo é o lugar para onde te imagino a caminhar. Por onde te passeias e vês que seara não caiu ainda. E a cada passo, vais escrevendo a tua alma, docemente.
ResponderEliminarSim, eu caminho muito sozinha. Gosto de ver as coisas à minha maneira. Um dia sonhei com uma vinha numa encosta. Estava cheia de sol e as folhas das videiras eram da cor do outono. Passo a vida a ver as coisas e as cores de que gosto. Este ano, o Outono, está-se-me a entranhar sem palavras escritas. Ficam todas dentro de mim, até que desaparecem, por completo, e o que fica é a seiva da vida!
ResponderEliminarPercebi há pouco que às vezes é preciso guardar as palavras...No silêncio vamos encontrando o nosso lugar dentro de nós...Ando à procura do meu.
EliminarUm dia cansei-me de ouvir palavras que me lançavam aos ouvidos, vindas de tantos lados, sem que eu lhes conseguisse encontrar um significado, uma intenção benéfica.
Agora, cada vez mais prefiro alguns silêncios. Só escuto as palavras com sentido, que entram em mim e quero que perdurem.