sábado, 6 de outubro de 2012

De tudo resta pouco

Estranho Verão que enfim termina. Estranhos dias. Estranhas noites abafadas de constantes insónias. As aflições chegam em sonhos agitados. Sacodem-me, cirandando em meu redor, surgidas de lugares mal iluminados, de recantos inacessíveis à luz do dia como seres tímidos que só à noite se revelam, forçando a reflexão no insólito dos dias que vivemos. De tudo apenas avisto ruínas. É tarde agora para o que poderia ter sido. Sobre elas erguerei um dia a minha paz.


2 comentários:

  1. falas da tua alma com o calor das tardes e prometes erguer, um dia, a tua paz sobre a insónia e os sonhos agitados...

    Não gosto de conversas de circunstância e, por isso, não te vou dizer que nunca é tarde para acontecer.
    A única coisa que te digo é para fazeres o que sentes. Se tiveres que chorar, chora, se tiveres que rir, ri. Ri-te de ti e ri-te do mundo!
    Ainda hás-de chegar até ti! E eu também! Até mim...
    Beijinhos
    Isabel

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  2. "Nada destoa e tudo se constrói, ainda que fique muito por dizer. (...) Perdi-me, durante tanto tempo, que só os pulsos delgados dentro das mangas de seda branca me trazem a esperança. Não encontro palavra melhor. Não sei a quem obedecem os meus dedos quando escrevo palavras que já tinha esquecido. (...) e eu à procura de campos onde bordejem flores brancas do feitio de mangas de seda!"
    06-01-2012
    Isabel Vieira

    E eu à procura de mar. "A espuma das ondas desmaiadas beijar-nos-á os pés quando passearmos respirando a paz que nos rodeia."

    Deixa-me aprender contigo essa forma que tens de dar vida às palavras...

    Beijinhos

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