sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conversa com o tempo....

Nem sei ao certo por que lhe digo isto...Também não sei ao certo por que me ocorreu dizer-lho...e não descobri ainda se temos que racionalizar tudo e encontrar explicações para todos os sentimentos e desejos que nos invadem (será por essa razão que há quem os ache primitivos? Pouco importa...tenho a minha própria teoria quanto a isso. Começo a entender Levinas e a questioná-lo também...).
A bomba estoirou e inicio cheia de fé a busca dos sonhos, da vida...Quanta paz, céus! Tanta esperança...E finalmente a sensação de que em breve vou refazer tudo. Vou esquecer tanto...soltar amarras...e lançar-me pelos céus em voos picados de azul. Quero tudo azul em meu redor até ao último suspiro e que enterrem as minhas cinzas debaixo de uma alfarrobeira. Aquela onde descobri que ainda ia a tempo de ser feliz, debaixo da qual espero dormitar nas tardes de Verão, longe da cidade. Já não quero que me lancem ao mar...é imenso e bravo, tão vago... Quero ficar num cantinho junto do raio de sol que me ergueu dos escombros e me aconchegará nos seus braços até que o Inverno me leve.
Não o compreendo meu caro, e talvez não seja preciso, contudo, permanecerá na minha história, nas minhas viagens e na pele que me veste. Guardo-o e sigo...

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