Na mansidão do silêncio soltam-se ecos de vozes perdidas nos corredores intermináveis. O medo encolhe-se nos cantos onde se escondem as dores. A amargura do passado escorre pelas paredes vazias que acolheram tristezas como almas ali pregadas. Das brechas que o tempo abre saem murmúrios de mágoas, lembranças vivas dos sopros que o vento trazia aconchegando noites frias.
Os vidros empoeirados, das janelas cerradas, cobrem de penumbra os móveis envelhecidos, já gastos como as vidas bolorentas em dias somados anos.
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