segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Escrever, escrever, escrever

Por vezes, escrever é um alívio, permite-me conversar. Tenho muitas vezes uma profunda necessidade de conversar. Por vezes, é um espelho, é a nudez, a transparência. Outras, quase a detesto porque me impede de fugir de mim, do que me dói e me incomoda. Obriga-me a enfrentar-me. Consigo enganar os pensamentos, desviá-los, fazer com eles malabarismos complicados, mas quando chega o momento de me sentar e escrever tenho forçosamente que deixar a verdade revelar-se, que me despir ou fico irremediavelmente impotente, paralisada, sem conseguir soltar uma palavra. Através da escrita sou impulsiva, emotiva, choro e sonho, sou crua e rude, grito e insurjo-me, revolto-me, encontro-me e perco-me; às vezes brinco embora, sem descortinar a razão, as gargalhadas geralmente ficam do lado de lá deste mundo das palavras.

12 comentários:

  1. Lagartixa, vim aqui parar por causa do anãozinho. Foi num comentário do Bren que apanhei esta pista. Chguei aqui e fiquei espantada com as imagens que tens do lado direito do blog. Uma pessoa encolhe-se toda e distende-se e fica sem saber como se acomodar num cantinho qualquer da vida. Depois li este teu " Escrever, escrever, escrever" e continuo como se fosse pela floresta fora e os ramos das árvores me prendessem e arrepiassem os cabelos. Sonho com a caverna luminosa de Baba-Yaga! Se a encontrar, vou conseguir escrever o que nunca escrevi até agora. Senta-te, lagartixa e espera. O mundo, lá fora está cheio de palavras. Eu costumo guardá-las nos bolsos para quando estou e sou e poder conversar com elas.
    Adoro isto que tu dizes... E com tanta honestidade. Voltarei para romper com as minhas palavras o silêncio das tuas.
    Um abraço

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  2. Eu queria dizer "para quando estou só", na 4ª linha a contar do fim. Desculpa!

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Isabel,
    Viste os últimos comentários que te deixei?
    Explico-te depois por que removi alguns dos meus.

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  7. email: lagatixa64@gmail.com

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  8. Olá, Lagartixa, eu li o que escreveste e tenho pena que os tenhas eliminado. Pronto, fica o e-mail que era o que mais me interessava. E depois, tu lá tens as tuas razões que eu só tenho que respeitar. Isto é uma das razões porque não quero blog nenhum. Eu constumo dizer o que penso e não sei se me daria bem em ter que apagar no meu próprio blog. É complicado! Também te posso acrescentar que não faço blog porque tenho outros projectos em mente. Estou a escrever sobre as ruas da minha freguesia. Falo de tudo o que me apetece. Faço algumas pesquisas e, sobretudo, quero falar da minha ligação com as pessoas e com as coisas. Cada rua tem a sua particularidade e é isso que eu quer fazer sobressair. Se fosse a publicar o trabalho, iria ferir susceptibilidades. Não tenho medo disso. O trabalho é meu e não pretendo escrever para agradar. É escrever a nu e cru. É claro que não vai ser, aliás, não quero que seja uma coisa rigída. Os textos têm que fluir e têm que ter lugar para as emoções e para os sentimentos. Por tudo isto, não tenho tempo para mais nada.
    Gostei de saber coisas de ti. Mas, já estou como tu. O que há sobre mim, daquilo que eu conseguir falar, será por mail.
    Adorei a tua abertura e sensibilidade, que me deixou inundada de ternura.
    Minha querida, não tens que me dar justificação nenhuma sobre o que fizeste no teu blog. Fizeste, está feito e pronto!
    E mais. Quero ler os teus trabalhos e não estar só por aqui a fazer do teu espaço um mail. Não. Esses desabafos ficarão para depois.
    Só quero dizer mais uma coisa. Não desistas da tua escrita e não te diminuas porque o que escreves nota-se que emerge do teu íntimo. Ainda não tive oportunidade de avaliar a forma e a riqueza literária. Não sei se te vou falar disso... Conforme as coisas evoluirem e se se proporcionar. Não te vou dar conselhos porque detesto isso e quem sou eu para o fazer?
    E insisto nesta tecla: se te sentes bem, escreve, se te dói a alma, escreve, se a lua te encher de glória, escreve, se as manhãs se tornarem cada vez mais leves, escreve. Se não conseguires passar sem as palavras, escreve! Escreve sempre até que tudo seja apenas um sopro. Tempos virão eme que o que sentimos e escrevemos não passará de um sopro, varrido na estrada com aquele barulhinho de folhas secas.
    Um abraço muito grande.
    Aguarda, que, logo que tenha tempo e disposição, envio mail. Vou passar por aqui, sempre que me lembrar e debruçar-me-ei sobre a tua alma.

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  9. Não percebo nada disto. Não sei se recebeste o email que te mandei em resposta ao teu. Não fiquei com o teu endereço de email porque julgo que respondeste directamente a partir do blogue. Estás em vantagem, não vale! ha! ha! ha!

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  10. Não percebo nada disto. Não sei se recebeste o email que te mandei em resposta ao teu. Não fiquei com o teu endereço de email porque julgo que respondeste directamente a partir do blogue. Estás em vantagem, não vale! ha! ha! ha!

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  11. Tomei nota do teu e-mail e ainda não te escrevi de lá. Mas, deixei-te, ontem, aqui uma resposta a explicar isso mesmo! Como o comentário só aparece no fim de teres aceite, presumo que o não tenhas aceitado.
    Beijinhos

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    Respostas
    1. Ok. Já percebi. Mexi nas configurações e enfaralhei isto tudo. Li a tua mensagem de ontem e respondi, mas não creio que tenha aí chegado. Não queria publicá-la aqui.

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