Haverá alguma coisa que mais nos console do que um mimo? Aquilo que mais nos deixa os dias vazios é o afecto que não encontramos. Passamos bem sem dormir, sem comer, mas morremos todos os dias um bocadinho por falta de carinho.
Deixei de buscar ou esperar qualquer forma de afecto. Procurar o que não encontrava e esperar o que não chegava destruía-me. Talvez por isso não me coibo de deixar transparecer o meu afecto a quem mo inspira. A minha reserva é inesgotável. Talvez também porque são poucos os que me tocam fundo no coração.
Não deixo passar um só dia que não diga a FL que o adoro, que não o cubra de beijos, que o abrace, que encoste o seu peito ao meu e lhe peça que faça silêncio para que sinta como batem em conjunto os nossos corações. Nos dias difíceis, antes de me deitar, vou ter com ele à cama e acordo-o, seja a que hora for, para lhe dizer que gosto muito dele, que sempre gostarei, enchê-lo de beijos e deixar-lhe uma mão cheia de mimos debaixo da almofada que lhe farão companhia durante a noite e o assaltarão mal acorde.
A vida é tão complicada, às vezes tão dura, que um sorriso, uma festa, um beijo, uma palavra de afecto ou mesmo só um olhar nos enche de tanta coisa, nos dá alento, coragem para seguir em frente. Sentir que alguém gosta de nós, que somos importantes e fazemos falta é tão vital como respirar, a comida que nos alimenta, a roupa que nos impede de morrer gelados.
Não conheço maior prazer que poder traduzir por palavras e gestos o que me sai do coração.
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