Não sei dos dias, nem das horas. Quando começam e acabam. Corro galgando entre os tempos.
O tempo de fora que não acho, passa desmesurado numa vertigem alucinante. Suga-me impiedosamente. Espezinha-me.
O tempo do tempo que não tenho, dos momentos que não encontro, da serenidade que perdi. O tempo das horas por dentro que se arrastam caladas, secas, amarfanhadas. O meu pior inimigo. Infesto.
Na cadência pesada dos ponteiros indolentes, canso-me e desgasto-me na impaciência de quem espera o tempo que se demora e atrasa.
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