Sonhei contigo hoje. Um sonho de verdade. Não era um sonho sonhado. Por isso, porque me fizeste sorrir ao acordar, quis dar-te um presente que te fizesse sorrir também. Peguei no meu coração, com muito jeitinho, claro, tirei dele uma estrela, com a pontinha dos dedos e todos os cuidados, para não o magoar. Guardei-a numa caixinha, aconchegada numa música que colhi especialmente a condizer. Suave, de embalar. Uma que a fez brilhar. Tapei-a com palavras. As mais bonitas que encontrei. E foi tão fácil achá-las . Elas corriam para mim, vindas de todos os lados. De recantos e descampados. Pensava em ti e não havia mãos que me chegassem para apanhar tantas palavras, lindas, tão lindas. Quis pôr um laço na caixa, mas a estrelinha chorou. Que ideia a minha, diabos! Logo sossegou. Dormiu. Abri a gaveta dos sonhos. Tinha tantos que hesitei. Esperei um pouco. Pensei. E depois encontrei o melhor para a transportar. Dei um beijo na estrela. Disse ao sonho que a levasse, depressa, antes que tu despertasses, e a deixasse ao teu lado, mesmo juntinha a ti. Queria que quando acordasses, ao vê-la ali a brilhar, sorrisses.
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