Mimaram-me e eu desfiz-me. Não gracejei como faço quando o constrangimento me ataca. Fiquei sem saber como reagir. As lágrimas desataram a cair e não paravam, escorriam umas atrás das outras, pegadinhas, coração abaixo.
As palavras chegavam-me tão ternas, meigas, sensíveis, dolorosamente, e inesperadas também. Ninguém fala assim comigo. Ninguém me vê daquela forma. Fiquei muda, frágil, sem defesas. Nua. A minha armadura desintegrava-se ali diante dos meu olhos, turvos. Ia caindo pedaço a pedaço aos meus pés, a cada palavra que me era dirigida, e eu nada fiz, deixei-a cair, enternecida, chorando. Pouco me importava se eu era aquilo. Não podia resistir, entreguei-me inteira àquele instante.
Saberia o que fazer se me batessem, como reagir se me agredissem, mas assim não. Cobriam-me de afectos, acarinhavam-me de uma forma tão doce e suave, tão sentida, que eu não soube dizer nada. As lágrimas escorriam de todo o lado, saltavam de todos os poros e eu permanecia muda, imóvel. Chorava já também por outras lágrimas.
Saberia o que fazer se me batessem, como reagir se me agredissem, mas assim não. Cobriam-me de afectos, acarinhavam-me de uma forma tão doce e suave, tão sentida, que eu não soube dizer nada. As lágrimas escorriam de todo o lado, saltavam de todos os poros e eu permanecia muda, imóvel. Chorava já também por outras lágrimas.
Não havia meio de me recompor. Talvez também eu não tivesse pressa. Depois, sabia que envergaria de novo a armadura, seguiria em frente e esqueceria, à força.
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