Quando me olho nos olhos....
Procuro sem saber o que busco. Caminho sem saber para onde vou. Impaciento-me sem saber o que me agita. Choro sem saber o que me dói. Espero sem saber o que esperar. Falo por falar. Como sem fome e durmo sem sono. Trabalho sem vontade. Galhofo à toa, rio à parva. Finjo que não vejo e já vi tudo. Agarro a esperança que não tenho. Pego na fé que não existe. Faço verdades das mentiras. Acredito no que quero. Entendo só o que me agrada. Tremo de medo e julgam-me forte. Dou aquilo que não tenho. Fujo dos desejos que me invadem. Nego o corpo que fervilha. Recuso o sexo que me dão. Quero o orgasmo inatingível. Encontro o impossível e culpo a vida. Faço-me de vítima do destino. Lamento o que me escapa e tenho tanto, muito mais do que mereço. Escondo-me por trás de sorrisos e gracejos. Oculto dores e pensamentos. Calo-me e calada vou matando os sentimentos. Raramente me revelo ou me dispo. Minto a mim mesma a toda a hora. Mostro uma firmeza que não encontro, uma coragem que me escapa. Deixo que me atribuam uma sensatez que não tenho. Acredito numa disciplina que me falta. Misturo rebeldia e submissão. Mantenho uma distância que não queria, uma ingenuidade infantil, uma sensibilidade excessiva, uma exigência exagerada. Falta-me apego, convicções. Travo as emoções no tempo errado. Cometo infidelidades e digo que é o afecto que me falta. Solto o que devia calar. Invejo sem ser digna do que invejo. Atropelo princípios e valores. Sou cruel, cego de raiva. Fico impávida, impassível quando era preciso reagir. Posso ser fria como o gelo, intransigente. Esqueço quem me fere. Sou displicente face à vida.
Procuro sem saber o que busco. Caminho sem saber para onde vou. Impaciento-me sem saber o que me agita. Choro sem saber o que me dói. Espero sem saber o que esperar. Falo por falar. Como sem fome e durmo sem sono. Trabalho sem vontade. Galhofo à toa, rio à parva. Finjo que não vejo e já vi tudo. Agarro a esperança que não tenho. Pego na fé que não existe. Faço verdades das mentiras. Acredito no que quero. Entendo só o que me agrada. Tremo de medo e julgam-me forte. Dou aquilo que não tenho. Fujo dos desejos que me invadem. Nego o corpo que fervilha. Recuso o sexo que me dão. Quero o orgasmo inatingível. Encontro o impossível e culpo a vida. Faço-me de vítima do destino. Lamento o que me escapa e tenho tanto, muito mais do que mereço. Escondo-me por trás de sorrisos e gracejos. Oculto dores e pensamentos. Calo-me e calada vou matando os sentimentos. Raramente me revelo ou me dispo. Minto a mim mesma a toda a hora. Mostro uma firmeza que não encontro, uma coragem que me escapa. Deixo que me atribuam uma sensatez que não tenho. Acredito numa disciplina que me falta. Misturo rebeldia e submissão. Mantenho uma distância que não queria, uma ingenuidade infantil, uma sensibilidade excessiva, uma exigência exagerada. Falta-me apego, convicções. Travo as emoções no tempo errado. Cometo infidelidades e digo que é o afecto que me falta. Solto o que devia calar. Invejo sem ser digna do que invejo. Atropelo princípios e valores. Sou cruel, cego de raiva. Fico impávida, impassível quando era preciso reagir. Posso ser fria como o gelo, intransigente. Esqueço quem me fere. Sou displicente face à vida.
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