Adoro melancia!
Sim, sim, aquela merda assim para o cor-de-rosa vivo que se come às talhadas e cheia de porrinhas pretas. Eu, por acaso, prefiro cortá-la aos cubos e antes de comer tiro as porrinhas todas. Não me agrada de ter que as cuspir. Não gosto de cuspir em definitivo, acho muito feio, seja em que circunstâncias for, e tirar o que quer que seja da boca durante uma refeição desagrada-me bastante. Esquisitices.
Adoro andar descalça. Adoro Chico Buarque e muitos outros marmelos que cantam para aí umas coisas. Mas aquilo de que gosto mesmo, mesmo, é que me chateiem a cabeça. Não consigo pensar em nada que me dê mais prazer do que me considerem uma doida inútil e que venham marrar comigo para aliviar as suas telhas. Pode sempre tirar-se algum benefício dessas situações, algumas lições que poderão ser muito proveitosas no futuro. Não é qualquer um que se presta a ser o alvo da embirração dos outros. Só um louco inconsciente desperdiçaria tais oportunidades de aprendizagem. Eu, como não o sou, sorvo-as todinhas e fico infinitamente mais rica. Descubro que sou uma incompetente e também muitas outras coisas deliciosas. Sim, porque o motivo é bestialmente válido, só não entende quem não quer. Vem um gajo de férias e apanha um cão que ladra e um gato que mia. Depois, tem que acordar todos os dias com o despertador da gaja que dorme ao lado. Não poderia a incompetente explicar ao cão que deve antes trautear uma qualquer ária de ópera, arranjar um gato mudo? E não pode a palerma acordar sem despertador? Ele há gente verdadeiramente insensível. Não há-de um gajo ficar irritado.
Voltando à melancia, de que tanto gosto, fresquinha, então, é uma delícia. No Verão, quando está muito calor, podia alimentar-me só dela e de melão. Também gosto muito de melão. Depois vem o Chico Buarque, enche-me as medidas. Mas há alturas em que qualquer um serve. Ah! E andar sem sapatos. Quase me esquecia disso. É muito agradável andar de pé ao léu. Tenho o hábito de andar descalça mesmo no Inverno, pantufas não são para mim. Acho-as deprimentes. Também vou todos os dias para a rua com o cabelo molhado, faça chuva ou faça sol. Sou um tanto asselvajada, confesso. Apesar de um certo ar tresloucado, sou moça de brandos costumes e cá por estas bandas faz muito calor, por isso, a malta vai levando com calma, muita calma.. é o sol na moleirinha que nos deixa assim molinhos, que mais não seja, por fora. Por isso, por vezes surpreendo, porque tenho um interior que se revela. Um dia, quando menos se espera, levanta-se um pé-de-vento e não há quem me segure. Deixo todos boquiabertos. A tolinha acordou. Afinal a gaja também azeda. Já ando há muitos dias com dores de cabeça constantes e a dormir mal. Bom prenúncio não será. Deve estar para me saltar a tampa, não faltará muito. Hoje almocei melancia, por acaso. Estava muito calor, perdi o apetite e vá de melancia. Andei descalça também o dia inteiro. Depois do almoço, caí no sofá, cravei os auscultadores nos ouvidos e, ao som do Chico, pois está claro, adormeci quase instantaneamente parece-me. Dormi a tarde inteira. De quando em quando, acordava com um beijo do outro Chico que devia estar inquieto de me ver ali paradinha tanto tempo. Não sei como me consegui encolher tanto para caber deitada no sofá, o facto é que o fiz e dormi profundamente.
Voltando à melancia, de que tanto gosto, fresquinha, então, é uma delícia. No Verão, quando está muito calor, podia alimentar-me só dela e de melão. Também gosto muito de melão. Depois vem o Chico Buarque, enche-me as medidas. Mas há alturas em que qualquer um serve. Ah! E andar sem sapatos. Quase me esquecia disso. É muito agradável andar de pé ao léu. Tenho o hábito de andar descalça mesmo no Inverno, pantufas não são para mim. Acho-as deprimentes. Também vou todos os dias para a rua com o cabelo molhado, faça chuva ou faça sol. Sou um tanto asselvajada, confesso. Apesar de um certo ar tresloucado, sou moça de brandos costumes e cá por estas bandas faz muito calor, por isso, a malta vai levando com calma, muita calma.. é o sol na moleirinha que nos deixa assim molinhos, que mais não seja, por fora. Por isso, por vezes surpreendo, porque tenho um interior que se revela. Um dia, quando menos se espera, levanta-se um pé-de-vento e não há quem me segure. Deixo todos boquiabertos. A tolinha acordou. Afinal a gaja também azeda. Já ando há muitos dias com dores de cabeça constantes e a dormir mal. Bom prenúncio não será. Deve estar para me saltar a tampa, não faltará muito. Hoje almocei melancia, por acaso. Estava muito calor, perdi o apetite e vá de melancia. Andei descalça também o dia inteiro. Depois do almoço, caí no sofá, cravei os auscultadores nos ouvidos e, ao som do Chico, pois está claro, adormeci quase instantaneamente parece-me. Dormi a tarde inteira. De quando em quando, acordava com um beijo do outro Chico que devia estar inquieto de me ver ali paradinha tanto tempo. Não sei como me consegui encolher tanto para caber deitada no sofá, o facto é que o fiz e dormi profundamente.
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