sábado, 16 de julho de 2011

Desencontro II

Já dentro do carro, pensei que só me restava uma possibilidade; seguir de imediato, como quem foge, sem olhar para trás. Se permanecesse ali, correria para ti, para te pedir que não fosses ainda; que me deixasses dar-te um abraço, tão apertado, tão intenso, tão envolvente que caberias inteiro nos meus braços e nem o despertar da cidade nos soltaria. À memória que perdurou no coração juntar-se-ia a memória da tua pele.
Não fiquei para te ver ir. Guardei o teu cheiro, que ainda sinto, e segui conservando a inocência do passado…

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