sábado, 15 de janeiro de 2011

Love me like there's no tomorrow

Um dizia: "Vem-me ver..." e o outro ia.
As pernas bambas, a voz trémula, o coração agitado, louco, disparava de emoção, tirava-lhe o fôlego, quase sufocava. De olhos nos olhos, sem proferir palavra, comoviam-se. Começavam por procurar os dedos que se tocavam a medo, um medo que não sabiam explicar...um medo que dava vontade de parar...de prosseguir. Um querer ir e querer ficar. E os dedos tocando nos dedos, percorrendo as mãos suavemente, demorando-se em cada gesto, deixando-se ficar em cada sensação, permanecendo a cada passagem. As bocas serradas temiam as palavras, olhavam-se em silêncio, desejavam-se receosos, tocando os lábios um do outro, sentindo a pele macia, acetinada. Acariciavam os rostos, de olhos nos olhos, as mãos de um sobre as do outro, no seu rosto, seguindo-as, sentindo-as...